terça-feira, 13 de dezembro de 2011

ACESSO À

Considerado o mais importante encontro do movimento estudantil brasileiro, ao lado do Congresso da UNE, 39º CONUBES reuniu cinco mil jovens em São Paulo
Terminou neste domingo (4/12) o 39º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que reuniu em São Paulo cerca de cinco mil estudantes do ensino fundamental, médio, profissionalizante e pré-vestibular de todos os estados do país. Os encontro começou na quinta-feira e os dois primeiros dias ocorreram no Expo Center Norte. Já a plenária final foi realizada no ginásio do Colégio Salesiano Santa Teresinha. Os jovens elegeram, como nova presidenta, a estudante pernambucana Manuela Braga, de 19 anos, aluna do curso técnico de Saneamento Ambiental no Instituto Federal de Ensino de Educacao, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IF-PE).
Manuela, que vive no Recife e cujos pais vieram do interior do nordeste, terá agora o desafio de percorrer as escolas de todo o país, conhecendo os problemas de cada grêmio e debatendo soluções para a educação brasileira. Torcedora do Sport Club Recife, fã de música brasileira e literatura, ela já havia sido presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Recife (UMES) e líder do grêmio de sua escola técnica. (Leia mais abaixo o perfil completo da nova presidente da UBES)
Participaram da votação 1.561 delegados, estudantes escolhidos em eleições realizadas em escolas de todo o país. A chapa que elegeu Manuela, “Movimento estudantil unificado pelas mudanças do Brasil”, teve 1.288 votos, correspondendo a 82,5% do total. O outro candidato à presidente da UBES foi Gladson Reis, de Belo Horizonte, representando a chapa “Rebele-se: A UBES é para lutar”, que teve 273 votos, 17,5% do total.
Considerado o mais importante encontro do movimento estudantil brasileiro, ao lado do Congresso da UNE, o Congresso da UBES definiu os rumos do movimento estudantil secundarista para os próximos dois anos. Com o tema “Todos juntos por uma educação do tamanho do Brasil”, o encontro serviu também para convocar a manifestação #OcupeBrasília, um acampamento dos jovens na Esplanada dos Ministérios, a partir dessa segunda-feira (5), em defesa da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) com 10% do PIB investidos nesse setor.
MACABÉA ÀS AVESSAS: DO NORDESTE PARA OS HOLOFOTES
A estudante Manuela Braga, de 19 anos, aluna do Instituto Federal de Ensino Técnico de Pernambuco (IF-PE), diz que sempre esteve entre as mais estudiosas na escola: “Não consigo não estudar”, revela, rejeitando porém o rótulo de nerd ou cabeçuda. A partir de agora, terá de conciliar as aulas, livros e provas do curso de Saneamento Ambiental com a grandiosa missão de representar todos os milhões de estudantes brasileiros do ensino fundamental, médio, técnico e pré-vestibular como nova presidenta da sexagenária União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.
Ao que parece, não será fácil. Nos bastidores do Congresso que a elegeu, visivelmente emocionada, deixa escapar que está com a cabeça, também, nas aulas de biotecnologia. Na verdade, facilidade não é a regra na história de vida dessa jovem nordestina, cuja mãe veio da pequena Nazaré, no interior do Piauí, e o pai de Vicência, no sertão pernambucano. Os dois se mudaram para o Recife nos anos 80, ela como babá e ele como vendedor de marmitas. Hoje, observam o progresso da filha, entre os livros e a militância. Participante da União da Juventude Socialista (UJS), antes de se tornar presidenta da UBES, ela presidiu também a União Metropolitana de Estudantes Secundaristas do Recife e foi líder do grêmio de sua escola técnica.
Comunicativa e animada, torcedora do Sport Clube Recife, fã de forró, MPB e até funk carioca, guarda carinho também pelo teatro e pelo cinema. Na literatura, seu livro favorito é “A Hora da Estrela”, cânone de Clarice Lispector. Curiosamente, o romance conta a vida de outra jovem nordestina, Macabéa, com origens familiares pobres nos rincões do Brasil. No entanto, ao contrário da personagem lispectoriana, cuja triste trajetória é marcada pela exclusão social, pela opressão e o esquecimento no sudeste, Manuela ganha o centro das atenções no debate público do país, tendo muito a falar e disposta a mudar a realidade:
“Sempre me incomodei em conhecer estudantes pobres que não assistiam aula por não ter dinheiro para o transporte, sempre me incomodei em conhecer alunos do turno da noite que não possuíam dinheiro para a alimentação. Essa ainda é a realidade de muitos, não somente no nordeste, mas em todo o país”, afirma. Como principais objetivos de sua gestão Manuela elenca a ampliação do ensino técnico e de projetos como o Pronatec, a reforma do ensino médio aliando a educação propedêutica à aprendizagem profisisonal, o aumento de investimentos na escola pública, a conquista federal da meia-entrada e do passe-livre para estudantes de todos os estados e o fortalecimento das políticas públicas para a juventude no país.
Aleḿ disso, espera ver o movimento estudantil secundarista ainda mais antenado com outras pautas como o meio ambiente, assunto que gosta e domina, e o preconceito contra as mulheres. “Conheço muitas meninas, dentro das escolas desse país, que têm sonhos, inteligência e muita capacidade de participar dos grêmios, da UBES, mas sofrem preconceitos e repressão de todos os tipos. São mal vistas pelos colegas, pela família, pela sociedade que não compreende uma mulher nova e livre, com participação política, poder e voz. Isso precisa mudar”, enfatiza, em um tom que soa como um convite a todas as potenciais jovens Macabéas do Brasil a se tornarem protagonistas na mudança do roteiro de suas vidas e da nação.
Veja no Flickr mais fotos da nova presidente da UBES, a pernambucana Manuela Braga 

 CONUBES DISCUTE AS NOVAS DIRETRIZES DO ENSINO MÉDIO


Estudantes se reuniram com representantes do movimento de professores e do Conselho Nacional de Educação
No país em que a população de 15 a 17 anos soma 10, 3 milhões, apenas 50% destes estão matriculados no ensino médio, dado impactante que foi colocado em debate nesta sexta-feira (2/12) no 39º Congresso da UBES que aconteceu em São Paulo no Expo Center Norte.
A mesa, que reuniu cerca de 200 estudantes, foi composta por José Fernandes, professor e conselheiro do Conselho Nacional de Educação; Neuza Santana, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps); Douglas Izzo do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), e os diretores da UBES de Santa Catarina, Anderson Oliveira, e do Ceará, Renata Beatriz.
Em discussão esteve a formulação de novas alternativas para o ensino médio do país. As propostas para essa reforma estão no documento redigido pelo Conselho Nacional de Educação, que será apresentado às escolas no próximo ano, sem nenhuma obrigatoriedade, cabendo à cada escola sua aplicação, como afirma o conselheiro José Fernandes:
“O que precisamos é levar esses debates às escolas, assim teremos a revolução e a mudança do ensino médio, sua melhoria se dará através da definição de sua identidade e finalidade. Entendemos que o ensino médio deve preparar os jovens para continuidade seus estudos, o mundo do trabalho, cidadania a vida dos estudantes”
Bandeiras de lutas e conquistas da UBES, como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), estiveram na pauta. O professor Douglas Izzo pontuou essas questões: “Um ensino público e de qualidade só será possível quando as escolas tiverem aporte para receber os estudantes. Por isso, nós defendemos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação”.
 A VOZ E A VEZ DOS ESTUDANTES
Os 120 estudantes que participaram do debate apresentaram as necessidades de mudança na realidade das 12 mil escolas representadas pelo 39º Conubes e falaram em nome de seus estados.
“Para haver essa reforma, precisamos de professores qualificados e escolas bem estruturadas. Os professores precisam saber o que será feito, ter preparação em suas universidades. Somente com investimento na qualificação dos nossos professores e laboratórios poderemos melhorar as escolas do país”, disse Andressa do Rio Grande do Sul. Palavras de ordem como “professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”, acompanharam as falas dos estudantes.
As novas diretrizes do ensino médio deverão ser acompanhadas de perto pela próxima gestão da UBES, na construção de uma escola mais acessível, com qualidade e capaz de transformar toda a sociedade brasileira.
Suevelin Cinti


Estudantes das diversas forças políticas que compõem a UBES apresentaram suas propostas e aprovaram proposta de conjuntura e resoluções que servirão de diretrizes para o movimento secundarista
Dando continuidade ao congresso que reúne os secundaristas dos quatro cantos do Brasil, na tarde deste sábado (3), aconteceu a Plenária Final do 39º Congresso da UBES (Conubes), que mais uma vez, afirmou a unidade democrática da entidade. Com muita irreverência,  5 mil estudantes ocuparam o ginásio do Colégio Salesiano Santa Teresinha, zona norte de São Paulo. Na ocasião, foram votadas as conjunturas e resoluções que nortearão a UBES nos próximos anos.
Com muitas palmas, a apresentação do vídeo de homenagem aos 30 anos de reconstrução da UBES após a ditadura militar, marcou a abertura da plenária final. Depois de participarem dos grupos de debate que aconteceram durante o Conubes, os estudantes de diversas forças políticas, apresentaram suas resoluções com sugestões e perspectivas para atuação do movimento secundarista.
Jovens como Lucimar Eleutério, 18, do Mato Grosso do Sul, veio ao Conubes pela primeira vez, e afirma que com essa organização da UBES as mudanças serão possíveis na educação do nosso país:  “O que mais me chamou atenção foi a discussão política limpa que podemos realizar aqui, e sem dúvidas, daqui há dois anos, viremos aqui novamente e veremos as melhorias e reais mudanças que conquistamos com as nossas lutas”, afirmou.
APROVAÇÃO E VOTO SÃO DOS ESTUDANTES
Depois de lidas, as conjunturas e resoluções embasadas em discussões que os secundaristas tiveram nos grupos de debates e em todo o congresso, eles também tiveram a vez de falar e fazer seus apontamentos às propostas apresentadas. Entre os principais pontos, esteve a Jornada de Lutas de 2012 na defesa por investimentos de 10% do PIB para educação e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação; meia-entrada estudantil, especialmente na Copa do Mundo de 2014; baixa dos juros; defesa dos direitos do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), e a convocação do #OcupeBrasília que acontece na próxima semana.
As arquibancadas, tomadas pela disposição e engajamento político dos jovens, vibrava a cada fala dos jovens que representavam as delegações. Mais barulho e palavras de ordem tomaram conta do ginásio quando os delegados eleitos, em nome de seus estados e escolas, votaram nas resoluções de Educação e Movimento Estudantil, além de aprovarem, por aclamação, a proposta de conjuntura.
Segundo o presidente da UBES, Yann Evanovick, a pluralidade de ideias mais uma vez se fez presente no Conubes: “O 39° Congresso da UBES demosntrou a democracia interna que existe no movimento secundarista, que além de promover o diálogo entre as diferentes forças políticas, também permite a livre expressão dos estudantes que não pertencem à nenhuma força”, disse o amazonense que estará hoje (4) na 2ª Plenária Final do Conubes, agora elegendo a nova diretoria da entidade.

LEIA AQUI OS DOCUMENTOS APROVADOS NO 39° CONUBES:



CULTURA E O DIREITO À MEIA ENTRADA EM PAUTA NO 39° CONUBES



O tema “Cultura e educação : um debate sobre a meia entrada” reuniu cerca de 100 estudantes em um dos auditórios do Expo Center Norte, em São Paulo, no ciclo de debates que fez parte nesta sexta-feira (2/12) do 39º Congresso da UBES.
Os objetivos do encontro foram abordar o acesso à cultura pela educação brasileira, discutir os recursos e projetos realizados pelo Ministério da Cultura para viabilizar e possibilitar uma maior mobilização cultural entre os jovens do país, além de colocar em pauta a meia entrada, principal assunto debatido.
A meia entrada é o direito que o estudante brasileiro tem de pagar 50% de desconto no ingresso (convite ou ticket) de eventos culturais e esportivos em todas as cidades do Brasil. Para usufruir desse benefício, o estudante precisa portar a carteira de identificação estudantil, a popular carteira de estudante. O direito à meia-entrada foi conquistado pelos estudantes na década de 1940, fruto de mobilização do movimento estudantil e tem o objetivo de facilitar o acesso à cultura e ao esporte, ajudando assim, na formação educacional e social da juventude brasileira.
“Debater a cultura e a meia entrada é debater a educação. Nós aqui estamos representando os estudantes de todo o Brasil e levando o debate sobre a cultura para dentro de cada escola, alimentando em todos a luta pelos direitos estudantis”, pontuou Nicoly Mendes, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES).
ESTUDANTES E ARTISTAS JUNTOS NESSA LUTA
Uma medida viável para possibilitar a meia entrada é garantir a relação do movimento estudantil com a classe artística. Para transformar a meia entrada em um direito em escala federal, é preciso elevar e fortalecer o tom do discurso voltado para a cultura. Segundo Juana Nunes, ex-presidente da UBES e atual diretora de Educação e Comunicação do Ministério da Cultura, tanto estudantes como representantes da cultura e produtores de eventos têm um objetivo comum: formar público.
Em sua fala, Juana também frisou que garantir a cultura é a base e o futuro da educação brasileira, explicando os planos do Ministério para 2012. “Para o próximo ano será assinado um acordo de cooperação entre o ministério da Cultura e da Educação com o intuito de disponibilizar recursos para os estudantes terem uma relação direta com a cultura e os artistas”, disse. Ela ainda comentou que esse será um recurso destinado à cultura, mas que vai diretamente de encontro à educação.
Também participaram da mesa a presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES-SP), Priscila Casale, e o tesoureiro geral da UBES, Rafael Clabonde. Outras duas questões brevemente abordadas no debate e importantes para a cultura nacional são a revisão do ProCultura, antiga Lei Rouanet, e o Vale Cultura, pensado para incentivar nos cidadãos o hábito de frequentar eventos culturais espalhados pelas cidades.
Vivian Froés


Com a participação da presidente do INEP, Malvina Tuttman, a discussão envolveu desigualdades para o ingresso no ensino superior
Apesar do número de matrículas na universidade brasileira ser duas vezes maior do que era há dez anos, alcançando 6,37 milhões de estudantes, o acesso à educação universitária ainda continua sendo um dos maiores desafios para a juventude do país.
Como parte da programação da sexta-feria (2/12) do 39º Congresso da UBES, a mesa “Democratização do acesso à universidade: vestibular, reserva de vagas, ENEM, ProUni” reuniu a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman; a secretária do Ministério da Educação, Maria do Pilar; o frei franciscano da Educafro Davi Santos; e o diretor de Combate ao Racismo da UNE, Cristian Ribas. A mesa foi mediada pela diretora da UBES de Sergipe, Tamara Lima.
Utilizando como base a Constituição Brasileira de 1988, que garante à população a educação como direito, Maria do Pilar tratou das políticas públicas de ensino médio. Ela apontou dados atuais do ensino país: “O Brasil possui hoje 10 milhões de jovens com idades entre 15 e 17 anos. Destes, 5 milhões estão no ensino médio, 3,8 milhões estão ainda no ensino fundamental e 1, 2 milhões nem trabalham e nem estudam. Fico incomodada com isso, já que nenhum jovem larga seus estudos como opção”, confessa a secretária do MEC.
Um dos maiores problemas da educação brasileira, que dificulta o acesso às universidades, ainda é a evasão escolar. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem a maior taxa de abandono escolar no ensino médio entre os países do Mercosul. Uma das iniciativas do MEC para combater essa evasão, garantindo o interesse dos estudantes pelas aula,  é o programa Ensino Médio Inovador. Desde 2009, o projeto tem o objetivo de criar um currículo mais atraente para os alunos, incluindo 20% de disciplinas optativas e práticas.
ENEM E COTAS
Confiando na possibilidade de uma universidade aberta, com total inclusão no ensino superior, Tuttman acredita que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é apenas um processo para que, em um futuro próximo, seja extinguido o vestibular. “O Enem é um instrumento importante e está longe de ser bom, mas no momento é o melhor que nós temos”, aponta Malvina Tuttman.
Em relação à reserva de vagas para afrodescendentes na universidade, a opinião da presidente do Inep é a de que essa é também uma política emergencial, porém indispensável: “Muitas vezes temos que concordar com ações das quais não somos totalmente à favor. É o caso das cotas raciais que são importantíssimas neste momento”.
Segundo dados do IBGE, em 2007, 5,6% de jovens brancos com mais de 16 anos frequentavam o ensino superior, enquanto para os negros a taxa era de 2,8%, ou seja, a metade de acesso às vagas. “A ação afirmativa é algo muito mais importante do que apenas cotas, são políticas de reconhecimento e retratação por uma sociedade que sempre sofreu exclusão. Não queremos migalhas, queremos o pão inteiro”, defende o diretor de Combate ao Racismo da UNE.
“VESTIBULAR É UM INSTRUMENTO DESONESTO” 
Totalmente contrário à ideia de submeter os estudantes secundaristas a vestibulares, frei Davi criticou a desigualdade social e racial que, segundo ele, existe neste tipo de avaliação. “Vestibular é um instrumento desonesto que as universidades públicas criaram para eliminar negros e brancos pobres. Os dados mostram que apenas 16% do conteúdo cobrado no acesso às instituições públicas é repassado nas escolas públicas”.
Segundo ele, o Governo Federal colocou nas universidades mais negros em 5 anos do que em 500.” Só no ProUni, 46,96% dos estudantes são afrodescendentes, mas, isso não é tudo. Mais de 200 mil estudantes tiveram que abandonar seus cursos por não terem dinheiro suficiente para permanecer dentro das universidades. É preciso que o MEC radicalize e implemente, o quanto antes, um sistema de bolsa permanência”, conclui o frei.
Para o estudante do ensino técnico do curso de eletromecânica do Instituto Federal de Sergip, Marvin Dias, que acompanhou o debate, a discussão sobre o acesso à universidade envolve também o seu próprio destino. Aos 15 anos, ele sonha em cursar engenharia química fora do seu estado. “Comecei meus estudos em instituições particulares e, com a dificuldade econômica em casa, acabei indo estudar em escolas públicas. Pagar faculdade está fora de cogitação, por isso acho importante debater a questão do ENEM, do SISU e das políticas públicas de permanência nas universidades, já que eu quero tentar uma vaga em universidades de São Paulo e Rio de Janeiro“, almeja.
Thatiane Ferrari

Nenhum comentário:

Postar um comentário